Muitas vezes, tentamos racionalizar a nossa existência, tentando separar o corpo da mente… e ambos das emoções. Pelos preceitos do Tantra, este é um grande erro. Somos uma construção complexa de sensações, pensamentos e sentimentos, e não existe uma fronteira clara que delimite onde começa ou termina a influência de um sobre o outro. Pense na seguinte situação: você recebe aquela promoção que você está buscando há anos no mesmo dia que perdeu um ente querido. Racionalmente você cumpriu uma importante meta, mas emocionalmente estará devastado demais para celebrar. Ou ainda, fazer uma viagem de lua de mel para uma praia paradisíaca, porém com todas as contas atrasadas e de aviso prévio no emprego: por mais que você esteja apaixonado e sentindo a leve brisa do mar, seus pensamentos irão comprometer sua experiência. Não existem compartimentos, somos a somatória de tudo o que percebemos.
Seguindo esta visão, o Tantra busca conectar a pessoa com sua porção mais abstrata por meio de estímulos físicos e sensoriais. A ideia é que o corpo é um invólucro inteligente, com terminações nervosas, energéticas e espirituais com todos os centros de percepção do Eu. Responder ao toque é um dos nossos instintos mais básicos, note como um recém nascido se acalma mediante ser tocado pelos seus pais. Conforme aprendemos a falar, escrever e interagir de outras formas, lentamente vamos nos desconectando desta poderosa forma de transmissão de energia. Por meio da Terapia Tântrica você terá a oportunidade de desenvolver sua percepção para o campo tátil, tendo assim uma importante porta de acesso para sentimentos e emoções.
Se liberte do pudor
Ao adentrar em um espaço para a prática da massagem tântrica, um dos primeiros aspectos que deve ser ressignificado é a timidez de estar nu. Em nossa infância somos desde a tenra idade dois preceitos: que o corpo deve estar sempre coberto em público, e isso nos acompanha por toda a nossa vida. Até mesmo fatores como o comprimento de uma saia ou a abertura de um decote passam a ser signos interpretados como indícios de (ou ausência) de moralidade, caráter ou postura social. Na vida adulta estes preceitos se tornam tabus e para muitos é realmente difícil a ideia de estar nu diante de alguém que não seja da área médica ou um eventual parceiro sexual. Ao se abrir para o Tantra, você irá se despir (desculpe, foi inevitável) destas crenças limitantes e aprenderá a estar mais à vontade com sua autoimagem, além de desvincular a nudez da finalidade sexual.
Permita-se ser tocado
Tão presente quanto o tópico anterior, é a ideia de que é estranho tocar ou ser tocado por alguém que você não tenha um forte vínculo emocional. Em tempos de distanciamento social e videoconferência isso tem se tornado ainda mais incutido na mentalidade das pessoas. Ao ter os primeiros contatos com o universo do Tantra, a pessoa irá gradativamente se abrir para estímulos físicos, o que permite que ela ressignifique sua intimidade e noção de espaço pessoal.
Reaprenda a sentir
As emoções não são lineares ou previsíveis, por isso é muito importante que você esteja alinhado com o fato de que tentar contê-las é um processo cansativo e prejudicial. Após algumas sessões de terapia tântrica você aprenderá a acessá-las de forma mais natural e orgânica, o que lhe permitirá ser uma pessoa mais realizada e em paz consigo mesma. Quando entendidas e tratadas com o respeito que merecem, as emoções se toram uma poderosa força transformadora, que transborda para uma mudança física e comportamental.
Como pode ver, os preceitos do Tantra abrangem o ser humano como um todo, sem negligenciar a importância de nenhum dos aspectos que nos compõe. Através do toque é possível atingir um aspecto mais profundo do ser, e utilizar esta ponte como caminho para uma jornada de evolução pessoal. Fique de olho em nosso blog e visite nosso site para conhecer mais sobre o trabalho que é desenvolvido no Paraíso Tantra, um espaço dedicado à prática da terapia tântrica e demais práticas orientais.
